Terriens salutions!!! Pessoal, sim, eu sei, vcs nos odeiam não é mesmo? Essas meninas cheias de promessas que simplesmente desaparecem! Mas infelizmente os afazeres da vida dão nisso, afinal, faculdade e trabalho conseguem tomar todo o tempo que achávamos que tínhamos.
Por essa razão, enquanto minhas parceiras estão ocupadíssimas sem poder nos abrilhantar com suas perfeitas ilustrações, vou tirar o Studio do porão, pq falando sério ele não merece isso. Farei isso inaugurando a nossa tão sonhada promessa dos contos, por enquanto sem as ilustrações, mas tudo com muito amor e dedicação ao nosso trabalho, como sempre fizemos aqui no Studio Ma.
E para abrir, deixarei vcs essa semana com um conto, dos antigos, mas nem por isso dos piores hahah
As faíscas da fogueira subiam lentamente até serem engolidas pelo breu da noite. O grupo de homens espreitava o fogo em silêncio e alerta à floresta traiçoeira.
- Maldito lorde! - gritou Trevor – Nos condenou a morte!
- Acalme-se rapaz – disse Brad sorrindo – O que há a temer? Corujas?
- O senhor ri? Tens ideia dos perigos desta floresta? Lorde Beckster nos mandou direto para nossas covas!
Os homens explodiram em gargalhadas, apenas um velho ancião permaneceu a espreita, e com os olhos fixos nas chamas falou pausadamente:
- Beckster é um infame, não exitaria em queimar a própria família se questionassem seu poder. O garoto Trevor não mente ao citar os perigos deste lugar e a estupidez do lorde, mas peca ao dizer-lhe amaldiçoado.
- Ele tem medo – Brad estava impaciente – Eu e meus homens não, afinal, não há nada a temer.
- Continua tua zombaria – rebateu Trevor – Ela virá silenciosamente e os mandará para o inferno!
Duke agarrou Trevor pelo pescoço.
- Cale-se, ou não será por suas aberrações que morrerá!
- Acalmem-se homens, vamos beber – Brad secou o caneco de vinho – O pobre jovem deve embriagar sua covardia. Uuuuuh...
Risos. Apesar da aparente indiferença, no fundo pairava um clima pesado em todos.
- Há um tempo desconhecido, um lorde estava ansioso com uma visita especial - narrou o ancião - Aguardava Átila, jovem artista que tinha por objetivo encontrar uma formosa mulher modelo para uma pintura, presente para o rei na abertura da colheita, durante a festa das virgens.
O lorde fez o possível para que sua ambiciosa filha fosse a escolhida, porém, o pintor foi atraído (também sentimentalmente) pelos traços de Matilde Struder, uma jovem aldeã que com sua beleza simples e árida superava os traços claros e angelicais da nobre senhorita.
Tomada de fúria, a garota exigiu uma solução ao pai, que sem nenhum escrúpulo ordenou o pior. Matilde foi trazida a esta floresta e torturada até a morte. Quanto a Átila e sua obra, simplesmente desapareceram. Contam que ele vagou nesta floresta a chamar sua modelo até o fim de seus dias, e sua voz ainda pode ser ouvida.
- E o quadro desapareceu deixando a pobre alma da moça cruelmente assassinada presa a essa floresta, atrás de homens covardes! – debochou Duke – Tente outra velha história da região velho! Talvez na próxima eu derrame algumas lágrimas de efeito!
- Cale-se! - ordenou Trevor histericamente aos sussurros – Ela ouvirá e virá castigá-los.
Bêbados e imersos em suas próprias crenças todos, exceto Trevor, entoaram energicamente uma canção, cujas palavras contavam a maldição que sofrera o lorde assassino da jovem moça, eternamente amaldiçoado e perseguido pelos fantasmas gerados por seu ato e criando em busca de livrar-se destes, outra maneira de saciá-los de sua sede de vingança.
´´A floresta grita por justiça,
condena um vaidoso coração
Cantem homens,
A triste sina oh oh oh
Quem agora quer velar
A virgem de tinta
O assassino vai levar,
Junto à sua maldição
Oh oh oh
Que vais fazer senhor?
Oh oh oh
Condena outras almas senhor``
Ao longe ecoou o sino batendo meia noite. Próspera dera-se início à colheita. Silêncio e saciavelmente, certo crime tivera sua maldição novamente encoberta.
As árvores ficaram rubras, quão vívido é o sangue da presa surpreendida. A brisa suave da noite carregava o perfume do outono e um sussurro longínquo e doce:
Matilde...