sábado, 18 de julho de 2015

Terriens salutions!!! Pessoal, sim, eu sei, vcs nos odeiam não é mesmo?  Essas meninas cheias de promessas que simplesmente desaparecem! Mas infelizmente os afazeres da vida dão nisso, afinal, faculdade e trabalho conseguem tomar todo o tempo que achávamos que tínhamos. 
Por essa razão, enquanto minhas parceiras estão ocupadíssimas sem poder nos abrilhantar com suas perfeitas ilustrações, vou tirar o Studio do porão, pq falando sério ele não merece isso. Farei isso inaugurando a nossa tão sonhada promessa dos contos, por enquanto sem as ilustrações, mas tudo com muito amor e dedicação ao nosso trabalho, como sempre fizemos aqui no Studio Ma.
Então, preparem seu olhos, e o coração, pq estamos de volta!!!
E para abrir, deixarei vcs essa semana com um conto, dos antigos, mas nem por isso dos piores hahah
Um beijo no <3 de vcs e até a próxima semana :* :3


As faíscas da fogueira subiam lentamente até serem engolidas pelo breu da noite. O grupo de homens espreitava o fogo em silêncio e alerta à floresta traiçoeira.
- Maldito lorde! - gritou Trevor – Nos condenou a morte!
- Acalme-se rapaz – disse Brad sorrindo – O que há a temer? Corujas?
- O senhor ri? Tens ideia dos perigos desta floresta? Lorde Beckster nos mandou direto para nossas covas!
Os homens explodiram em gargalhadas, apenas um velho ancião permaneceu a espreita, e com os olhos fixos nas chamas falou pausadamente: 
- Beckster é um infame, não exitaria em queimar a própria família se questionassem seu  poder. O garoto Trevor não mente ao citar os perigos deste lugar e a estupidez do lorde, mas peca ao dizer-lhe amaldiçoado.
- Ele tem medo – Brad estava impaciente – Eu e meus homens não, afinal, não há nada a temer.
- Continua tua zombaria – rebateu Trevor – Ela virá silenciosamente e os mandará para o inferno!
Duke agarrou Trevor pelo pescoço.
- Cale-se, ou não será por suas aberrações que morrerá!
- Acalmem-se homens, vamos beber – Brad secou o caneco de vinho – O pobre jovem deve embriagar sua covardia. Uuuuuh...
Risos. Apesar da aparente indiferença, no fundo pairava um clima pesado em todos. 
- Há um tempo desconhecido, um lorde estava ansioso com uma visita especial -            narrou o ancião - Aguardava Átila, jovem artista que tinha por objetivo encontrar uma formosa mulher modelo para uma pintura, presente para o rei na abertura da colheita, durante a festa das virgens.
O lorde fez o possível para que sua ambiciosa filha fosse a escolhida, porém, o pintor foi atraído (também sentimentalmente) pelos traços de Matilde Struder, uma jovem aldeã que com sua beleza simples e árida superava os traços claros e angelicais da nobre senhorita.
Tomada de fúria, a garota exigiu uma solução ao pai, que sem nenhum escrúpulo ordenou o pior. Matilde foi trazida a esta floresta e torturada até a morte. Quanto a Átila e sua obra, simplesmente desapareceram. Contam que ele vagou nesta floresta a chamar sua modelo até o fim de seus dias, e sua voz ainda pode ser ouvida.
- E o quadro desapareceu deixando a pobre alma da moça cruelmente assassinada presa a essa floresta, atrás de homens covardes! – debochou Duke – Tente outra velha história da região velho! Talvez na próxima eu derrame algumas lágrimas de efeito!
- Cale-se! - ordenou Trevor histericamente aos sussurros – Ela ouvirá e virá castigá-los.
Bêbados e imersos em suas próprias crenças todos, exceto Trevor, entoaram energicamente uma canção, cujas palavras contavam a maldição que sofrera  o lorde assassino da jovem moça, eternamente amaldiçoado e perseguido pelos fantasmas  gerados por seu ato e criando em busca de livrar-se destes, outra maneira de saciá-los de sua sede de vingança.

´´A floresta grita por justiça, 
condena um vaidoso coração
Cantem homens,
 A triste sina oh oh oh

Quem agora quer velar 
A virgem de tinta 
O assassino vai levar, 
Junto à sua maldição

Oh oh oh 
Que vais fazer senhor?
Oh oh oh
Condena outras almas senhor``

Ao longe ecoou o sino batendo meia noite. Próspera dera-se início à colheita. Silêncio e saciavelmente, certo crime tivera sua maldição novamente encoberta.
As árvores ficaram rubras, quão vívido é o sangue da presa surpreendida. A brisa suave da noite carregava o perfume do outono e um sussurro longínquo e doce:
Matilde...

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